A castração de gato é um tema de bastante interesse de cuidadores de bichanos. Gatos castrados normalmente são mais calmos e têm menor risco de desenvolvimento de algumas doenças, como por exemplo, câncer.
Além de um ato de amor ao pet, a castração também é um ato de benefício social. Isso porque a castração de gatos colabora para a redução do abandono. Com menos ninhadas indesejadas sendo abandonadas nas ruas, temos menos animais sofrendo.
Porém, deve-se ter em mente que a castração de gato é um procedimento cirúrgico que exige cuidados.
Por isso, não deixe de ler uma matéria completa e com muitas informações úteis sobre as vantagens e desvantagens da castração de pets, que o ajudará na hora de tomar sua decisão.
Assim, com a ajuda de seu veterinário de confiança, você optará pela melhor alternativa para seu gatinho.
Neste artigo, você vai entender melhor como é o procedimento de castração de gato e tudo o que está envolvido nisso.
É preciso internar o gato após a castração? Quais os cuidados que precisam ser feitos? Quais os riscos envolvidos?
Se quiser saber as respostas a essas perguntas, acompanhe o artigo até o final!
O que é a castração de gato
A castração de gato é um procedimento definitivo de contracepção, ou seja, uma forma de garantir que seu gato não terá mais filhotes.
Mas será que é mesmo preciso fazer uma cirurgia no seu gatinho? Não tem um jeito mais fácil, como por exemplo, dar uma pílula ao gato?
Na realidade, a castração é o método mais seguro de garantir que seu gato não tenha mais filhotes. Mesmo sendo invasivo, é bem menos prejudicial para a saúde dos pets que a pílula anticoncepcional.
A pílula, que é administrada às fêmeas antes do cio, é composta de hormônios e pode trazer diversos problemas ao animal. Não recomendada por veterinários, a pílula pode provocar infecções nos órgãos do sistema reprodutivo, além de causar câncer.
A castração, por sua vez, não só garante que os animais não terão mais filhotes indesejados, mas também, causa alterações benéficas de comportamento, garantindo que o animal viva por mais tempo.
Obviamente, a castração de gato só pode ser realizada por um especialista em uma clínica, pois o sucesso do procedimento depende de medidas sanitárias e domínio das técnicas.
Por que castrar gatos machos
Quando se fala de controle populacional de gatos na rua, a princípio parece mais simples castrar as fêmeas. Afinal, mil machos podem engravidar uma fêmea fértil. Dessa forma, com as gatas castradas, não existe mais esse risco.
No entanto, há que se pensar que nem todas as fêmeas estarão castradas. Assim, com um único macho fértil e várias fêmeas, o descontrole acontece outra vez. Desse modo, castrar tanto machos quanto fêmeas faz com que o controle funcione melhor.
Mas e em gatos que vivem dentro de casa? É preciso mesmo castrar os machos?
A verdade é que os gatos machos também apresentam mudanças comportamentais após a castração. Se por um lado, as fêmeas se beneficiam pelo fim do comportamento de cio em consequentemente, redução do estresse, os machos passam a apresentar menos territorialismo e fugas.
Os gatos têm o hábito de demarcar território. Uma das formas que eles fazem isso é fazendo xixi nos lugares. Isso acontece principalmente com gatinhos no cio, por volta dos seis meses de idade.
Esse xixi de marcação de território é diferente do normal. É feito na forma de esguicho e tem um cheiro muito forte. Isso porque essa urina tem mais ferormônios e hormônios de marcação. Esse problema desaparece com a castração do gato.
Além disso, a castração diminui as fugas porque, sem a urgência de procriar, o gato quer sair menos de casa. Assim, sofre menos risco de sequestro, atropelamentos e acidentes.
Como é feita a castração de gato
A castração de gato é um procedimento cirúrgico simples e rápido. Mesmo nas fêmeas, que demandam maiores ações, não leva mais que meia hora.
Veja abaixo quais são as etapas envolvidas na castração de gato e como você, como tutor, precisa participar ativamente delas.
O pré-operatório
Para que a castração de gato seja um sucesso, é preciso que tudo seja preparado antes. Sendo assim, a primeira etapa diz respeito à verificação de saúde do animal.
É essencial ter certeza de que o gatinho está saudável antes de fazer a cirurgia. Por isso, o primeiro passo é levar o gato ao veterinário.
Ao se certificar de que o gato está saudável e pode ser castrado, o veterinário vai orientar você sobre o melhor procedimento a fazer e quais preparos realizar. Então, marca-se a data da cirurgia.
Na véspera da cirurgia, o animal não pode consumir nem água e nem comida por doze horas. Muitos tutores ficam apreensivos de fazer isso, pois parece que estão maltratando seus gatinhos.
Porém, o jejum de doze horas garante que o estômago e o intestino do gato estejam vazios durante o procedimento. Isso é essencial, pois a anestesia pode causar nâuseas e vômitos.
Se o animal vomitar durante a cirurgia, o vômito pode ser inalado para dentro dos pulmões, um quadro que pode ser grave. Portanto, siga à risca a recomendação do veterinário pelo bem do seu pet.
Na hora da cirurgia
Como dito anteriormente, a castração de gato é bem rápida. O primeiro passo que será feito é a tricotomia, que consiste na remoção dos pelos da região da cirurgia (barriga no caso das fêmeas e saco escrotal no caso dos machos).
Depois, o profissional vai sedar o animal antes de encaminhá-lo ao centro cirúrgico. Geralmente a sedação é subcutânea. Quanto menor o gatinho, mais rápida é a sedação. A anestesia pode ser inalatória ou intravenosa, dependendo da escolha do veterinário.
No caso das fêmeas, a castração pode ser pela remoção dos ovários e do útero (ovariohisterectomia) ou pela remoção apenas dos ovários (ovariectomia). O veterinário decidirá qual é a melhor opção no caso de sua gatinha.
No caso dos machos, a castração é chamada de orquiectomia, e consiste na remoção dos dois testículos do animal. Trata-se de uma cirurgia muito simples e rápida.
Diferença entre castração de gato e esterilização simples
Em algumas situações, o cirurgião veterinário pode optar pela esterilização simples. Nestes casos, não há remoção de órgãos produtores de hormônios.
É feita, então, a interrupção dos fluxos reprodutores. Na fêmea, interrompe-se as trompas — como na laqueadura feminina. No macho, os canais deferentes — como na vasectomia.
Todavia estes procedimentos não diminuem a libido ou comportamento reprodutivo. Há apenas o impedimento da procriação de fato, mas o comportamento continua igual.
A desvantagem da esterilização em fêmeas é a permanência do cio. Ter cios repetidos sem o cruzamento é muito agressivo para as gatas. Justamente por isso, opta-se, normalmente, pela retirada plena dos órgãos. Sem os hormônios da reprodução, o comportamento reprodutivo também deixa de existir.
A parte mais crítica da castração de gato: o pós-operatório
O procedimento cirúrgico feito com excelência é essencial para uma boa castração de gatos. Porém, é preciso garantir os cuidados após a cirurgia. Isso pode definir o sucesso do procedimento. Dessa forma, o tutor deve prestar todos os cuidados nesta etapa, que pode durar até algumas semanas.
É muito raro que o gato precise ficar internado na clínica após ser castrado. Em animais saudáveis, isso praticamente nunca ocorre.
Porém, em casa o gato vai precisar ficar de repouso absoluto nos primeiros dias. O gato não pode passear, escalar móveis nem correr.
Nos machos, a castração é pouco invasiva, com os testículos sendo retirados a partir de um pequeno corte feito na bolsa escrotal. É comum que os veterinários nem deem pontos no local ou que utilizem fios absorvíveis. Assim, quase sempre no caso de castração de machos não é preciso retirar os pontos.
No caso das fêmeas, o local da cirurgia pode demorar mais para cicatrizar de forma que é preciso mantê-las o mais imóvel possível. Isso deve ser feito até que os pontos cicatrizem corretamente, o que pode levar vários dias ou semanas.
Caso o local da cirurgia se abra, pode haver evisceração, que consiste na projeção das vísceras para fora da parede abdominal. Esse quadro pode ser muito grave e, inclusive, levar o animal a óbito. Por isso, é preciso que o tutor garanta os cuidados necessários.
Tanto em machos como em fêmeas recomenda-se o uso do colar elizabetano (o famoso “cone”) ou de roupas cirúrgicas. Isso impedirá que os gatos lambam a região da cirurgia ou arranquem os pontos.
O veterinário possivelmente mandará administrar ao animal medicações analgésicas, anti-inflamatórias ou até antibióticas. Além disso, provavelmente será necessário fazer a desinfecção do local da cirurgia algumas vezes por dia. Faça exatamente o que ele recomendar.
Conclusão
Embora possa até parecer que a castração dos bichanos é complicada, na realidade é um procedimento muito seguro.
Entenda que é pelo bem da saúde e do bem-estar do seu gatinho amado! Então, se programe e se prepare direitinho para fazer os cuidados necessários, pois valerá a pena.
Assim, consulte seu veterinário e se informe de tudo. Recorra à castração de gato com consciência e firmeza de decisão. Com certeza você não irá se arrepender!
